Nosso corpo é revestido completamente por pele. Tem pele por
fora e por dentro, somos formados por ela. Mas não tem que ser ela quem deve
ditar quem somos ou pelo menos não deveria. Não estou falando do racismo,
poderia, mas sim da pele em que hábito, ou poderia se chamar nossa identidade pessoal.
Eu posso olhar para qualquer pessoa e presumir como ela é
realmente. É muito fácil, tirando o fato que vai errar muito porque e que se vai
olhar com base em estereótipos. E por como nem tudo que a gente mostra, a gente
é ou é só aquilo ou se somos o que parecemos ou se só fingindo ser outro. Resumindo: as pessoas são complicadas!
Mulheres gordas são carentes, as
loiras são burras, o homem negro tem o... Entendeu? A
gente tem o costume idiota de resumir as pessoas á tão pouco. Pode ser verdade,
pode não ser tudo isso é relativo. A explicação: somos pessoas completamente
diferentes umas das outras, até mesmo os gêmeos. E isso é bom, na verdade é
ótimo. Seria chato um mundo em que todo mundo é igual e nem se aplica a tudo.
Se todas as pessoas tivessem uma coisa em comum, na verdade duas: respeito e
amor ao próximo; todos os problemas estariam resolvidos. Mas como não é bem
assim e é por isso que eu escrevo esse texto.
Com um ato revolucionário, o de mostrar quem é em um
mundo massificado é grande. É ser fora da normativa, ser louca, ser o que for,
mas sempre ser você mesma. Esse é um lembrete que infelizmente eu mesma tenho
que ás vezes que lembrar a mim mesma. Afinal, o ser humano quer se sentir incluso no seu meio social. Mas mudar á si mesmo pelo outro nunca deve ser uma opção, nunca! E mesmo que os outros não gostem, vai ser apenas a opinião deles e só é importante pra eles. Se for pra você também, temos dois problemas.
Quando um médico vai tratar de
uma doença, ele sempre procura saber a origem para tratá-la e é o que vamos fazer aqui. Por que tanta gente fingindo ser quem não é,
baixa auto-estima, a falta de auto-suficiência. Esse é a palavra:
Auto-suficiência. Existem padrões de beleza, padrões
comportamentais, padrões aqui e ali que só servem pra deixar quem é diferente dessa normativa, inferiorizado. Como deve ser e agir, SER e AGIR; um absurdo! Mas a que eu estou querendo falar é o padrão de beleza que de origem está atrelado ao
racismo e á gordofobia. "Nada a ver o racismo e a gordofobia?" Mas será mesmo? O que a gente costuma achar bonito vai muito do
O cabelo bonito é o liso e o cacheado (embora mais aceito, continua em discussão) e o crespo é feio ou ruim; o nariz fininho (mais uma vez os traços socialmente considerados dos negros é reprimido); a cor de pele que mais está nas revistas é geralmente branca e quando se pensa em alguém bonito, geralmente é a mesma alternativa; ser chamada de magra é ser chamada de bonita e gorda de feia; mas magra com regras: tem que ter muito peito, muita bunda e a “cinturinha de pilão” e se não for assim, você é insuficiente; ter os olhos azuis ou verdes porque, porque são os bonitos e o resto é comum; não pode ser muito branca, tem que ter a pele bronzeada; se for loira melhor ainda e não muito baixa ... E nem muito alta, tem que ser na medida.
O cabelo bonito é o liso e o cacheado (embora mais aceito, continua em discussão) e o crespo é feio ou ruim; o nariz fininho (mais uma vez os traços socialmente considerados dos negros é reprimido); a cor de pele que mais está nas revistas é geralmente branca e quando se pensa em alguém bonito, geralmente é a mesma alternativa; ser chamada de magra é ser chamada de bonita e gorda de feia; mas magra com regras: tem que ter muito peito, muita bunda e a “cinturinha de pilão” e se não for assim, você é insuficiente; ter os olhos azuis ou verdes porque, porque são os bonitos e o resto é comum; não pode ser muito branca, tem que ter a pele bronzeada; se for loira melhor ainda e não muito baixa ... E nem muito alta, tem que ser na medida.
Não sei vocês, mas eu fiquei
irritada só de ler e muito provavelmente porque pensamentos como esses
acarretaram problemas como depressão, bulimia e anorexia e baixa auto-estima e muito provavelmente outras que eu desconheço. Infelizmente essa
sensação não é de hoje, é desde que eu tenho mais ou menos 13 ou 14 anos. Em que eu
comecei a entender como o mundo funciona. E como eu não estou tão dentro
completamente dos padrões, e pena para os que estão completamente fora, eu sofri.
Minto se disser que hoje não, nesse exato momento que escrevo. Mas a diferença
sutil ou exorbitante para antes é que sei a origem do problema e como os médicos, eu tento
resolvê-los.
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